Egresso da Unesp, Vinícius Lousada relembra histórias de mais de uma década
Nos trinta e cinco anos do curso de jornalismo da Unesp, jornalista conta suas impressões da graduação e fala da vida profissional
Por: Nayara Campos
Completando 35 anos de implantação em 2019, o curso de jornalismo da Unesp guarda história de pessoas, lugares e projetos. Desde 1984, a instituição passou a oferecer formação para aqueles que desejavam comunicar à sociedade e fazer da escrita, da voz e da imagem, instrumento de trabalho.

Mais de uma década dentro dos 35 anos do curso de jornalismo
Reprodução/Acervo pessoal
Vinícius Lousada de pé, com blusa verde, na época da faculdade
Prestes a completar quinze anos desde o ingresso na Unesp, o jornalista Vinícius Lousada é um dos egressos das 34 turmas já formadas no curso de jornalismo. Natural de Santos, litoral de São Paulo, Vinícius chegou em Bauru no ano de 2006, se formou em 2010 e, desde então, adotou a cidade do interior como morada.
Como muitos vestibulandos e alunos da Unesp, Vinícius conta que sempre teve o desejo de estudar em uma universidade pública. “Além da boa formação que a universidade me propiciou, a relevância e o reconhecimento da instituição pesa no mercado de trabalho”, diz.

"A relação com os amigos durante um período considerável, 'substitui' a convivência familiar, em razão da distância"
Reprodução/Acervo pessoal
Vinícius Lousada com amiga da faculdade
A vida de quem chega à cidade lanche para se aventurar no mundo universitário é, muitas vezes, durante o tempo de curso, vivida no coletivo. Vinícius relembra que “a relação com os amigos durante um período considerável, ‘substitui’ a convivência familiar, em razão da distância”, conta.
A rotina universitária, muito além de prazos, provas e notas, deixa saudade. É essa a nostalgia trazida à tona quando Vinícius relembra professores, lugares e projetos marcantes na Unesp. Para o jornalista, ficaram na memória “a possibilidade de estar diariamente em um ambiente com vasta área verde. As aulas lotadas do professor Max, nas noites de sexta-feira, mesmo sem chamada. Os trabalhos na Webrádio”.
Jornalista com experiência, Vinícius valoriza a formação propiciada pela Unesp nos campos intelectual, cultural e da área de humanas, mas pondera a atualização do curso para o mercado de trabalho e a estrutura técnica. “Mesmo reconhecendo que a universidade não deve ter um perfil tecnicista, aponto como deficiência a estrutura tacanha em laboratórios e materiais”.

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A vida depois da Unesp
Especializado em cobertura política, Vinícius Lousada trabalhou durante seis anos como repórter da Câmara Municipal de Bauru. O conhecimento sobre o funcionamento do local e sobre as relações políticas rendeu o convite à Vinícius, ser assessor de comunicação da Casa.
Por mais que ainda vista como uma área à parte do jornalismo, a assessoria não só faz parte da área como também consta na grade do curso como disciplina e é hoje, um dos setores que mais contrata profissionais. Isto porque a atuação tradicional da profissão, a dos jornalistas na redação, redigindo textos para jornais impressos, revistas e televisão, apresenta um inchaço.
Vinícius conta que sua atuação como assessor não difere tanto da
atuação em áreas tradicionais. Ele diz que tem que "conseguir pensar ‘com a mesma cabeça’ de profissionais jornalistas e empresas de comunicação, a fim de produzir conteúdos alinhados com as demandas editoriais para ampliar as chances de repercussão positiva e/ou veiculação dos materiais produzidos pela assessoria”.

Reprodução/Acervo pessoal
Vinícius Lousada, de terno azul, acompanhando entrevista do assessorado
A história de Vinícius é uma dentro de todos os estudantes que já passaram pelo curso e que ainda passarão. Todo ano, 90 alunos ingressam no curso de jornalismo, 40 no período diurno e 50 no noturno.
Formando profissionais nas áreas de ciências biológicas, pedagogia, comunicação, tecnologias e engenharia, a Unesp é exemplo da importância e necessidade de políticas públicas que garantam a permanência de uma universidade pública e de qualidade.



