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A visão de uma jornalista digital sobre a Unesp

Ex-aluna e co-fundadora de seu próprio site, Bibiana fala de sua experiência pela Universidade Paulista

Por: Caroline Roxo

Nesta matéria vocês irão conhecer Bibiana Alcântara Garrido. Jornalista formada pela Unesp, campus de Bauru, no ano de 2016, e que atualmente trabalha com jornalismo digital.

 

Bibiana nos contou um pouquinho sobre sua formação na Universidade, relembrando alguns bons aspectos e alertando para outros. A entrevista está em formato ping pong e traz dicas e informações válidas para qualquer estudante, principalmente os que fazem ou almejam fazer jornalismo.

 

A moça deu um show com as palavras. Confiram!

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Bibiana no seu apartamento em Bauru// Foto: Caroline Roxo 

Entrevista

  • Qual o seu nome, idade e cidade natal?

 

Meu nome é Bibiana Alcântara Garrido, tenho 25 anos e sou de Marília -SP.

 

  • Em qual ano você se formou na Unesp?

 

Eu entrei em 2012 e, por conta das greves, me formei em janeiro de 2016.

 

"Temos que ser ensinados a ter autonomia no mercado com nossos projetos".

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  • Por qual motivo escolheu estudar na Unesp?

 

Eu prestei vestibular apenas para as Universidades públicas por não ter condições de pagar uma particular e, de inicio, eu passei na UEL. Na Unesp eu entrei em segunda chamada e a escolhi por ser mais perto de casa, além de acreditar que a Unesp tem mais nome que a UEL e uma grade curricular mais completa.

 

  • Como você enxerga a importância de ter cursado o jornalismo na Unesp para a sua vida pessoal e profissional?


Foi importante não tanto pelo o que a gente aprende nos semestres, mas como um todo. A formação política em abrir sua cabeça para debates. Você cria uma consciência crítica das coisas e dá mais importância à sociedade. Eu tinha outra cabeça quando entrei na faculdade,

entrei com 17 anos e eu cresci junto com a formação do curso. Descobri que muitas coisas que eu pensava são bem diferentes na realidade, isso me ajudou a desenvolver um senso de responsabilidade comigo e com as pessoas. A Unesp me trouxe a consciência de que temos que devolver para a sociedade o que aprendemos naquela Universidade pública. Comecei a me envolver mais em Bauru e na cidade. É importante a gente valorizar o ensino público, mesmo que tenhamos ou não condições de pagar por educação, é um direito de todos, e a minha visão sobre isso foi ampliada dentro da faculdade.

 

  •  O que falaria para alguém que quer ingressar em jornalismo na Unesp?

 

Eu falaria para a pessoa conhecer Bauru. Na faculdade nós nos envolvemos apenas com o ritmo do curso, com as disciplinas e os trabalhos. Quando temos que ir em lugares para entrevistar alguém, fazemos isso apenas como tarefa e não vemos as pessoas que estão ali e os projetos da cidade. Ficamos aqui por 4 anos ou mais e não devemos apenas sentar na cadeira da universidade e ir às aulas. Temos que conhecer o espaço em que estamos. Isso que é jornalismo. O jornalismo é feito quando você vai atrás, conhece e sabe onde está inserida. Você pode fazer muito mais e precisa se dar conta disso.

 

  • Qual é a lembrança mais marcante do tempo em que passou pela Unesp?

 

Um momento importante foi quando eu tive o meu projeto de iniciação científica aprovado pela FAPESP. Eu comecei a ter contato com meu orientador no meu segundo ano em 2013. A pesquisa era sobre a cobertura da mídia alternativa em comparação a cobertura da mídia tradicional das manifestações de 2013. E essa pesquisa foi muito importante para mim. Eu pude entender como o jornalismo funciona nas mídias tradicionais, com grandes financiadores, com grandes nomes consolidados e como as narrativas delas são diferentes das mídias alternativas. Esta última narra ao lado de quem está nas ruas, dos manifestantes. Eu encontrava diversas diferenças, principalmente quando se tratava de diálogos e em reportar os relatos das pessoas. Diferentes das grandes mídias que se dizem imparciais as manifestações, narrando de uma maneira distintas das pessoas que estão ali nos protestos. A partir dessa pesquisa eu desenvolvi o meu TCC, que foi um livro reportagem sobre essas diferenças do jornalismo da imprensa tradicional e da imprensa alternativa. Eu cheguei a ir à São Paulo entrevistar jornalistas destas mídias. Esse projeto também me serviu de inspiração e base para o meu projeto atual de jornalismo digital: O Jornal Dois.

 

  • Como você descreve o curso na sua época entre pontos positivos e negativos: coisas que apreciava e outras que poderiam ser diferentes?

 

Primeiramente eu acho que as discussões teóricas no curso são muito importantes e é uma coisa que precisamos aproveitar bastante. Depois que saímos da faculdade, dificilmente iremos pegar um livro teórico de jornalismo para ler. Coisas técnicas mesmo. É essencial termos essa base e esse conhecimento. Eu fiz mestrado e vi o quanto isso era necessário para aprofundar os estudos e ser uma boa profissional. É assim que nos formamos jornalistas diferenciados e não apenas aqueles que reportam o factual. Por outro lado, o que eu sentia falta no curso era uma visão mais mercadológica do jornalismo. A gente precisa aprender a empreender. Muitos saem da Unesp com projetos próprios que vão ao mercado e, portanto, temos que ter essa visão de empreendimento para levar esses projetos adiante. Temos que ser ensinados a ter autonomia no mercado com nossos projetos. Seria muito interessante se pudéssemos integrar as grades entre os cursos de comunicação.

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Bibiana e seu namorado, ambos formados na Unesp// Foto: Caroline Roxo

Para completar, nossa equipe finalizou a entrevista com perguntas gravadas em vídeo sobre a especificidade atual da profissional, esclarecendo algumas possíveis dúvidas sobre o digital.

Para quem quiser conhecer mais sobre o projeto Jornal Dois de Bibiana, entre no link: 

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